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28.6.14

De passagem

Ana, sentada à beira da mesa, estava em silêncio, pensativa. Alí não era, definitivamente, o seu lugar. Só estava de passagem. Como nuvem, como o vento. Vendo tudo e não se prendendo a nada. Apenas observando e cumprindo obrigações.

Na outra ponta da mesa, um pequeno vaso de flores secas que outrora foram amarelas. 

Os olhos dela não saíam do calendário, dos relógios, dessas coisas que medem o tempo.

O tempo, sempre de passagem, assim como Ana.


Para não perder o costume das palavras.
Bom final de semana! 

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